Frei Carlos Alberto Libanio (Betto)

 

O convento foi fundado como casa em 1938 e erigido em convento em dezembro de 1943, com o objetivo de acolher os formandos dominicanos no Brasil. Em janeiro de 1944 o noviciado é transferido de Uberaba para São Paulo. O convento acolheu noviços de 1947 a 1952 e de 1969 a 1972. No entanto o grupo principal acolhido pelo convento foi de estudantes. Em 1946 o curso de teologia passa a ser feito na França (São Maximino), mas o curso de filosofia continua sendo ministrado no convento de São Paulo. Em 1947 (eram 9 estudantes), em 1948 (10), 1954 (4), 1955 (6), 1956 (17), e o número foi aumentando até o máximo de 44 em 1962, para depois ir diminuindo: 1963 (41), 1964 (43), 1965 (36), 1966 (25), 1968 (23), 1969 (9), 1970-1973 (6).  

 

Em 1978 havia só um estudante, mas residindo no Vergueiro (casa filial) e nesse local residiram 2 ou 3 estudantes até 1985. Depois dessa data só em 1995 o convento recebeu um estudante.  O Studium do convento de S. Paulo, instalado a 7 de março de 1943. De studium provinciale (desde 24.09.1952) é elevado a studium generale em 1965 para encerrar suas atividades em 1971. Em 1994 o convento reabriu a Escola Dominicana de Teologia que funcionou em suas dependências até 2005, quando foi transferida para o Vergueiro.

 

Em 1947 fr. Lebret funda um núcleo de Economia e Humanismo funcionando provisoriamente, por dois anos, numa sala da portaria do convento. Depois, o Centro é transferido para uma sala num edifício da Praça da Bandeira, dando origem à Livraria Duas Cidades. 

 

Em junho de 1967 o prior do convento, Fr. Francisco de Araújo, lança a ideia de uma "greve mundial pela Paz". Em agosto ele é preso e levado ao DEOPS, onde é interrogado por quatro horas, pois os miliatres queriam saber a sua ligação com um estudante, irmão do presidente da UNE, José Luis Guedes, acusado de ações subversivas. À noite, diante dos portões do DEOPS, estudantes e seminaristas exigiam, em passeata, a libertação de fr. Francisco.

 

Aos 4 de novembro de 1969 o convento é invadido pelo policiais do DEOPS, levando presos os frades Domingos Maia Leite (provincial), Edson Braga de Souza (prior), Maurício (padre), e os estudantes Tito de Alencar, Roberto Romano, Nestor de Brito, Giorgio Callegari e outros. A casa filial da Rua Rego Freitas (apartamento) também é invadida nesse mesmo dia por policiais fortemente armados que revistaram tudo. Essa casa será extinta em 1974.

 

Em 1985 os frades se mudaram para o novo convento à Rua Atibaia, 420, e posteriormente, o antigo edifício foi alugado para o colégio Pentágono.

 

Em 1993 o convento passa a ser a sede da Província com o novo provincial, fr. Luís Sapiano. Nesse mesmo ano se dá a abertura da EDT (Escola Dominicana de Teologia) com dez aulas sobre o Catecismo da Igreja Católica.

 

A paróquia São Domingos está contígua ao convento, criada em 1940 e instalada a 21 de maio de 1941.