MEMÃ?RIA DE SÃ?O BARNABÃ? APÃ?STOLO

11 de junho
SÃO BARNABÉ
Na vida o que interessa é ser bom!
São Barnabé é um santo pouco conhecido entre nós brasileiros, mas sua história é digna de muita admiração.
Nasceu na ilha de Chipre, e recebeu inicialmente o nome de José.
Era proprietário de terras e indo a Jerusalém, fazendo amizade com os primeiros discípulos de Jesus, vendo muitas pessoas passando necessidade, vende suas posses e distribui entre os necessitados.
Daí os discípulos mudarem o seu nome para Barnabé: filho da Consolação (“filho de” é um semitismo que tem o sentido de “hábil para”: aquele que é especialista em consolar).
De fato, depois da conversão de Paulo, quando este tenta se integrar à comunidade de Jerusalém, é Barnabé quem procura inserí-lo entre os cristãos. Mas a desconfiança em relação a Paulo ainda é grande, e eles acabam enviando-o de volta à sua terra natal, Tarso.
Paulo fica um bom período de “quarentena” (amadurecendo sua conversão radical de “perseguidor contumaz de cristãos” a “seguidor profundo do Cristo misericordioso”). E, diante das necessidades de líderes nas missões, Barnabé é quem vai buscá-lo em Chipre para iniciar sua caminhada missionária que só iria terminar com o martírio de Paulo.
A melhor definição do ser humano Barnabé vem de Lucas nos Atos dos Apóstolos (At 11,24): era um “homem bom, repleto do Espírito Santo e de fé”. Com estas três qualidades, não precisava de mais nada.
Foi por isso que Barnabé passou para a história cristã com muita discrição, quase despercebido: quem vive com profundidade a fé cristã, é como uma vela: ilumina e aquece, mas acaba desaparecendo. Seu modo de viver se aproxima radicalmente de Cristo que, “tendo a natureza de Deus... tomou a forma de escravo” (Fl 2,6-7).
Num mundo onde a cultura do “se aparecer” é moda e imperativo de vida, onde muitos líderes religiosos “se acham”, São Barnabé é um exemplo para ser seguido, pois a única preocupação dele era viver e anunciar a Boa Notícia de Jesus de Nazaré, “consolando e animando”, com “palavras e ações”, os irmãos.
Como diz o papa Francisco: “quantos cristãos vivem para aparecer. A vida deles parece uma bolha de sabão. É bonita a bolha de sabão! Tem todas as cores! Mas dura um segundo e depois? ”
frei Marcos Antonio Belei, o.p. – Aragominas (TO)