XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ser vocacionado(a) é ficar preparado(a) para a vinda do Senhor

 

           Prezados irmãos e irmãs.

      Continuamos nossa caminhada do Tempo Comum, tempo de esperança e de perseverança. Esperança na misericórdia e no cuidado que Deus tem para conosco e de perseverança no enfrentamento e superação das dificuldades e dos tropeços pelo caminho.

           Vamos iniciar a décima nona semana do Tempo Comum e também o mês de agosto, mês das vocações. Neste primeiro final de semana, comemorando o dia do padre, lembramos a vocação de todos os ministros ordenados (diáconos, padres e bispos). As leituras deste domingo apresentam um ensinamento muito importante para quem percorre o caminho com Jesus nesta vocação: Ser vocacionado(a) é ficar preparado(a) para a vinda do Senhor

              Na primeira leitura (Sabedoria 18,6-9) ouvimos a meditação do livro da Sabedoria sobre a ação de Deus na libertação de Israel da escravidão do Egito, que se deu durante a noite. O texto lembra que os israelitas preparavam-se para essa noite, numa atitude de vigilância, celebrando a noite da Páscoa. Tal vigilância e fidelidade são tarefa para todas as gerações, até a libertação final.

              Para sustentar essa atitude de vigilância e fidelidade pela causa do Senhor, precisamos ter muita fé. Nesse sentido, a segunda leitura (Carta aos Hebreus 11,1-2.8-19) vem apoiar a mensagem do Evangelho. Traz uma bela reflexão sobre a fé: é a esperança daquilo que não se vêA fé olha para o futuro, como Abraão, como os israelitas no tempo do Êxodo, como o discípulo que espera a vinda do Senhor.

                   O Evangelho (Lucas 12,35-40) ensina algo mais sobre a vigilância: os servos devem estar prontos para a volta do seu Senhor, pois essa volta será o juízo tanto sobre os que estiverem atentos quanto sobre os despreocupados. E essa vigilância consiste na fidelidade no serviço confiado a cada um.

                    E agora, quanto à vocação dos diáconos, padres e bispos é bom lembrar que vocação é o chamado que Deus nos faz para o serviço de seu Reino de Justiça, de Amor e de Paz. Para responder a este chamado e seguir adiante é preciso avaliar as motivações e aquilo que alimenta e sustenta. Se for por interesse egoísta, por querer ganhar algum favor especial de Deus ou para tirar vantagem da situação, não vai dar certo. Vamos nos decepcionar e prejudicar nossos irmãos. Deus não se deixa manipular em favor de interesses egoístas. Deus cuida de todos porque Ele é bom e não por causa da troca de favores.

              Que São Domingos, nosso pai, interceda junto a Deus em nosso favor para que a vocação dos ministros ordenados possa ser assumida como um verdadeiro serviço a Deus e aos irmãos.